Ou, puta que pariu, tá foda.
Não sei nem por onde começar, mesmo.
Vou começar pelo Dia dos Pais. Ontem eu estava passando com meu filho pelas imediações do atoleiro e eis que veio a pergunta: Pai, pq não vamos no jogo? Vamos combinar que é difícil explicar que não dá pra ir no estádio pq tá cheio de gente que pode ser no mínimo agressiva. Daí eu contei pra ele a história dos banheiros atômicos, que eu tava lá e tive que ser escoltado até longe do atoleiro. O triste é ver a tristeza na cara da criança e não ter como resolver. Dito e feito, deu merda. Covardes bateram com um cavalete num cara sozinho. Podia ser eu, podia ser um amigo, podia ser um parente. Com certeza foi o filho de alguém.
Puta que pariu, tá foda.
Eu sempre curti estádios cheios em dia de clássico, ou derbys como os gringos falam. Achava ducaralho o estádio dividido, duas torcidas iguais e tão diferentes. As bandeiras, os fogos, papel picado. Hoje, bandeiras viraram armas, papel picado pólvora e torcida adversária inimigo. Do jeito que tá era melhor torcida única, já que a galera não sabe se comportar e o Estado não tem como garantir a segurança. Que levar meu filho num Grenal na Arena, mas vale a pena o risco?
Puta que pariu, tá foda.
E o jogo? Bom, não dá pra esperar que o Felipão resolva tudo numa vez só. Trocou bem algumas peças, outras peças já deviam ter saído. E junto com Pará, Werley, etc podiam limpar o armário os dirigentes que demoraram tanto pra mandar pro chuveiro o filho do Ender e trazer o técnico novo. Sem tempo, vai ser bem difícil. E estamos só a 6 pontos do z4.
Puta que pariu, tá foda.