Grêmio Libertador

Mas que droga

Foto: Wesley Santos

Ou, puta que pariu, tá foda.

Não sei nem por onde começar, mesmo.

Vou começar pelo Dia dos Pais. Ontem eu estava passando com meu filho pelas imediações do atoleiro e eis que veio a pergunta: Pai, pq não vamos no jogo? Vamos combinar que é difícil explicar que não dá pra ir no estádio pq tá cheio de gente que pode ser no mínimo agressiva. Daí eu contei pra ele a história dos banheiros atômicos, que eu tava lá e tive que ser escoltado até longe do atoleiro. O triste é ver a tristeza na cara da criança e não ter como resolver. Dito e feito, deu merda. Covardes bateram com um cavalete num cara sozinho. Podia ser eu, podia ser um amigo, podia ser um parente. Com certeza foi o filho de alguém.

Puta que pariu, tá foda.

Eu sempre curti estádios cheios em dia de clássico, ou derbys como os gringos falam. Achava ducaralho o estádio dividido, duas torcidas iguais e tão diferentes. As bandeiras, os fogos, papel picado. Hoje, bandeiras viraram armas, papel picado pólvora e torcida adversária inimigo. Do jeito que tá era melhor torcida única, já que a galera não sabe se comportar e o Estado não tem como garantir a segurança. Que levar meu filho num Grenal na Arena, mas vale a pena o risco?

Puta que pariu, tá foda.

E o jogo? Bom, não dá pra esperar que o Felipão resolva tudo numa vez só. Trocou bem algumas peças, outras peças já deviam ter saído. E junto com Pará, Werley, etc podiam limpar o armário os dirigentes que demoraram tanto pra mandar pro chuveiro o filho do Ender e trazer o técnico novo. Sem tempo, vai ser bem difícil. E estamos só a 6 pontos do z4.

Puta que pariu, tá foda.

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