Grêmio Libertador

Muitos temem, alguns odeiam, mas todos respeitam

Estive de férias por duas semanas e dei uma passada no outro extremo do Brasil. Infelizmente não estive no Olímpico para ver a vitória memorável de 4×3 sobre o Santos, eu estava em Recife. No dia após o jogo eu resolvi sair com meu manto tricolor pelas ruas. Me impressionei! Me senti uma celebridade. As pessoas vinham falar comigo sobre o jogo e também sobre o Grêmio. No café, dois funcionários do hotel puxaram o mesmo assunto comigo. Eu ia atravessar a rua e um senhor parou o carro para eu passar e ainda me disse: “Só parei o carro por respeito a sua camisa”. Mandei um “Dá-le” sorridente pra ele.
A camisa teve mais peso que o sinal RÍDICULO da mãozinha da capital gaúcha. Em outro momento, um taxista veio falar comigo sobre a Batalha dos Aflitos, mesmo sendo um irmão tricolor do Santa Cruz. Aliás, o que eu menos vi em Recife foram torcedores do Náutico. Lá tem muitos Tricolores e também torcedores do Ssspó (leia-se Sport). Em Natal o respeito também foi imenso, mesmo depois da eliminação para os bailarinos da Vila.

Consegui perceber em alguns olhares o medo e o ódio de ver a camiseta do Grêmio circulando pelas ruas nordestinas. Mas uma coisa eu tive certeza, todos respeitam nossa Imortalidade. Todos respeitam a tradição que o Grêmio tem. Será que a atual direção e o atual grupo de jogadores tem a noção disso?

Imortalidade essa que anda sendo banalizada nos últimos 9 anos. Não sei os senhores, mas eu fiquei muito mal acostumado com o Grêmio matador de 94, 95, 96, 97 e finalizando o ciclo em 2001. Não éramos o time do SE. Não éramos o time do QUASE. Éramos o time que metíamos medo nos outros e ainda assim não perdoávamos. Quando tinham medo de nosso futebol, era aí que explorávamos mais o adversário e o encurralávamos.

Desde que voltamos do inferno não conseguimos mais ganhar um título de expressão. Azar? Macumba? Ruindade? Amareladas? Um pouco de cada, quem sabe? Só gosto de frisar que o contrário disso tudo no futebol só vem para os bons e os que mancham os meiões e a camiseta de sangue.

Nos resta a Sudamericana para limpar o gosto amargo da eliminação da Copa do Brasil. Até porque essa competição agora vale alguma coisa. O Brasileirão 2010 eu não tenho muitas esperanças, então prefiro me apegar aos atalhos que nos levam a La Copa’11.

Comparilhe isso: